Com os serviços paralisados há aproximadamente 15 dias, operários retomaram nesta terça-feira as obras na Ponte Anita Garibaldi, em Laguna. A continuidade se deu após o pagamento de R$ 16 milhões, ou seja, parte do valor devido para a finalização da obra.
A poucos dias da conclusão da estrutura que promete aliviar um dos maiores gargalos da BR-101, no Sul do Estado, as obras congelaram por falta de pagamentos. O repasse parcial ainda não garante a conclusão das obras, que está em cerca de 98% do seu andamento e sem data para terminar.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestraestrutura (Dnit/SC) faltam ainda o pagamento de aproximadamente R$ 45 milhões (R$ 23 milhões dos serviços executados e 21 milhões do que falta concluir).
No começo do mês de maio foram repassados o pagamento referente ao mês de dezembro de 2014. Ficam pendentes os repasses dos meses de janeiro a abril, para a construtora Camargo Corrêa, responsável pelos serviços.
Um aditivo que acrescentaria cerca de R$ 10 milhões a obra, ainda está em análise no Ministério dos Transportes. O Dnit não soube sinalizar quando o restante do pagamento será feito e ainda não há prazo para a conclusão das obras, previstas anteriormente para maio deste ano.
::: Construção da ponte de Laguna para por falta de pagamentos
A ponte de Laguna começou a ser construída sobre o canal de Laranjeiras em 2012. A obra caminhava dentro do cronograma e sinalizava que ficaria pronta dentro do prazo estipulado. Porém, a falta dos repasses desde janeiro atrapalha os prazos previstos para sua conclusão. Nesta etapa final, operários começam a colocação dos postes de iluminação, pinturas e demais acabamentos.
No final do mês de abril, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR), confirmou o atraso nos pagamentos na obra e previu a inauguração para o início de julho.
Na oportunidade disse ainda que faltariam R$ 69 milhões a serem depositados para a construtora Camargo Corrêa. O ministro destacou o impacto negativo do envolvimento de empreiteiras na Operação Lava-Jato e do ajuste fiscal no setor.