Os caminhoneiros que voltarem a interditar a BR-101 - indo contra a decisão da Justiça Federal que determinou a desobstrução total da via, na quarta-feira -, estão sujeitos a pagar multa de R$ 5 mil, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A medida foi estipulada pela Justiça para cada hora de bloqueio.
A PRF afirmou que anotará as placas dos veículos que voltarem a obstruir a via e encaminhará à Advocacia-Geral da União (AGU), órgão autor da ação para a liberação da BR-101. Além disso, os manifestantes podem ser enquadrados na infração prevista no artigo 174 do Código de Trânsito Brasileiro, de manifestação em via pública sem autorização.
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"Vamos voltar a bloquear a rodovia", afirma caminhoneiro
Com uma bandeira do município de Três Cachoeiras sobre as costas, o caminhoneiro Vilmar Ralpp, 54 anos, afirmou que a categoria pode ter "perdido uma balhata", mas não se rendeu à "guerra contra o aumento do preço do óleo diesel". Ele integrava o grupo de manifestantes contrários à liberação da BR-101 na manhã desta sexta-feira.
- Podem ter nos tirado daqui à força agora, mas vamos voltar a bloquear a rodovia - afirmou.
Pelas ruas da cidade de cerca de 11 mil habitantes, já não há mais tantos caminhões como na quinta-feira, quando a prefeitura estimou ter recebido 4 mil caminhoneiros. Por isso, o prefeito Nestor Sebastião decidiu cancelar o almoço que seria oferecido aos manifestantes no salão paroquial do município, assim como na quinta-feira.
As aulas de dois colégios municipais e de um estadual, canceladas na quinta-feira por causa da manifestação, seguem suspensas, segundo Sebastião. Os 1,7 mil estudantes afetados deverão retornar às salas de aula na segunda-feira.