Entre os anos de 1969 e 1972, a Nasa (empresa espacial dos Estados Unidos) organizou seis missões em solo lunar que acabaram gerando diversas evidências da presença humana, além da icônica pegada de Neil Armstrong. Os astronautas deixaram na superfície do satélite da Terra nada menos do que 96 sacos, contendo excrementos, urina e vômito. Na próxima missão tripulada à Lua – prevista para 2025 com a Missão Artemis –, um dos objetivos é recolher lixo deixado para trás. As informações são do UOL.
É válido destacar que os astronautas, durante as missões espaciais, precisam suprir suas necessidades fisiológicas tanto quanto se estivessem na Terra. Por isso, eles eram obrigados a utilizar coletores específicos, pois não havia banheiro ou qualquer outra coisa parecida nos primeiros modelos de naves espaciais – as missões atuais contam com sanitários para os astronautas.
Uma vez em solo lunar, uma das preocupações era como se livrar desse "incômodo" dentro dos veículos, já que gerava peso extra e desnecessário à nave em sua viagem de retorno à Terra. É bom lembrar, que os astronautas coletaram material lunar, como pedras e poeira, o que também gerou peso adicional.
Em entrevista ao Portal Vox, um dos astronautas da Missão Apollo 16, Charlie Duke, admitiu que o lixo da nave acabou sendo descartado na Lua mesmo.
— Deixamos a urina que foi coletada em um tanque. E eu acredito que tivemos alguns movimentos intestinais — mas não tenho certeza. E isso estava em alguns sacos de lixo. Nós pegamos alguns sacos de lixo e abandonamos na superfície lunar.
De acordo com a Nasa, um dos objetivos da missão Ártemis é recolher os sacos de dejetos deixados no satélite há mais de 50 anos para descobrir se ainda há qualquer tipo de micro-organismo presente no material. Boa parte do volume das fezes, por exemplo, é composto por bactérias, fungos e até mesmo vírus. Estudar esse material pode nos ajudar a entender como a vida se comporta em situações extremas do universo.