Pais e responsáveis por crianças e adolescentes podem lançar mão de uma série de ferramentas de controle parental disponíveis em redes de compartilhamento de vídeos, fotos e em plataformas de streaming. Com elas, é possível regular o que fica disponível no catálogo de vídeos, quem pode comentar nas publicações das crianças, o tempo de uso diário de um aplicativo e mais. Veja abaixo como funcionam os controles parentais em plataformas como TikTok, Instagram, Netflix, Amazon Prime Video, YouTube e Globoplay.
Globoplay
Para que crianças e adolescentes não acessem filmes e séries inadequados para eles, o serviço de streaming do Grupo Globo permite que os pais controlem as opções exibidas pela ferramenta, tanto se a criança possuir um perfil próprio como se ele usar a conta dos familiares. Acessando as configurações da conta da Globo no perfil pessoal dos filhos, o pai pode optar por uma conta com conteúdos sem restrições (L), para crianças (classificação 10 anos), para adolescentes (12, 14 e 16 anos) e para o público adulto (18 anos).
Já se o pequeno utiliza o perfil dos pais, é possível selecionar a opção "Entrar em Modo Infantil" antes de passar o controle para ele. Isso restringe o catálogo a apenas conteúdos infantis.
Netflix
A Netflix oferece algumas opções para que os pais tenham um pouco mais de controle sobre os tipos de filmes e séries que seus filhos podem acessar. Uma dessas opções é gerenciar individualmente cada perfil: acessando as configurações de conta da Netflix pela internet, é possível determinar que os títulos oferecidos no cardápio de um perfil do streaming sejam baseados em uma faixa etária (as opções estão classificação livre, 10 anos, 12 anos, 14 anos, 16 anos ou 18 anos). Também é possível bloquear séries ou filmes específicos em perfis individuais.
Outra opção para restringir o acesso das crianças a um perfil específico do streaming é estipular um PIN de quatro dígitos para acesso. A criação do PIN é feita pela internet, na opção "Bloqueio de perfil" nas configurações de conta do perfil que deseja bloquear.
Para o uso das crianças mais novas, também é possível optar pelo perfil "Infantil", que tem um layout mais simples e apresenta somente títulos previamente selecionados pela ferramenta, os quais têm classificação indicativa livre ou até 10 anos. Para escolher a experiência Infantil Netflix, selecione "Infantil" ao criar o perfil.
Amazon Prime Video
O controle parental do streaming de vídeos da Amazon, o Prime Video, possibilita definir restrições tanto para o conteúdo que pode ser assistido como para produtos que podem ser comprados, ferramenta que pode ser uma aliada para impedir que crianças vejam coisas inapropriadas para sua faixa etária ou façam compras acidentais/não autorizadas pelos pais.
Para poder estabelecer controle, é necessário acessar as configurações da conta Prime, pelo computador, clicar na aba "Controle dos pais" e criar um PIN de cinco dígitos. Uma vez criada a senha, é só ativar as "Restrições de Compra". Dessa forma, torna-se obrigatório informar o PIN antes de poder adquirir qualquer filme ou série.
Também na aba de controle parental, o familiar pode determinar que, em dispositivos específicos (como por exemplo no computador ou no smartphone de seu filho), sejam aplicadas restrições com base em faixa etária. As opções disponíveis são:
- Todos: disponíveis vídeos adequados para o público em geral, com classificação L.
- 7: disponíveis vídeos adequados para crianças maduras.
- 13: disponíveis vídeos adequados para adolescentes, com classificações para maiores de 10 e 12 anos.
- 16: vídeos adequados para adolescentes maduros, com classificações para maiores de 14 e 16 anos.
- 18: disponíveis vídeos adequados para público maduro, com classificação para maiores de 18 anos.
TikTok
O TikTok é uma das plataformas de criação e reprodução de vídeos preferidas pelos mais jovens. Pais que desejam regular a forma como seus filhos utilizam o aplicativo podem utilizar o recurso de "Sincronização familiar" do app, disponível nas configurações de conta. Para isso, tanto o familiar como o filho devem ter uma conta TikTok e seguir as etapas para sincronização dos perfis. Por meio desse recurso, os pais podem definir um limite de tempo diário para utilização do app por seu filho e restringir os conteúdos que aparecem na aba "Para Você", que podem não ser apropriados para todos os públicos.
Também é possível escolher se o filho pode ter uma conta privada (em que apenas algumas pessoas podem ver o conteúdo publicado pelo jovem) ou pública (em que qualquer outro usuário poderá ver o conteúdo) e limitar quem pode comentar no perfil dele. A permissão para utilizar a ferramenta de busca do app, para pesquisar conteúdos e usuários, e hashtags também fica a critério do familiar, bem como as DMs (mensagens diretas), que podem ser desativadas ou restringidas.
De acordo com um levantamento feito pela empresa norte-americana Comscore, atualizado em junho deste ano, a maioria dos usuários do aplicativo (32,5%) nos Estados Unidos tem idades entre 10 e 19 anos, embora 13 anos seja a idade mínima para contas no app, conforme os termos e condições da TikTok.
Para uma experiência menos insegura dos usuários mais novos, em janeiro deste ano, a empresa chinesa determinou que, por padrão, todas as contas registradas por usuários com idades entre 13 e 15 anos sejam privadas, de maneira que só seguidores aprovados pelo usuário poderão ver seus vídeos. Essa configuração, no entanto, pode ser alterada pelo usuário se ele desejar. Já os comentários para contas desta faixa etária foram impedidos ao público amplo. As únicas opções disponíveis são comentários feitos por "Amigos" ou "Ninguém".
YouTube Kids e conta supervisionada
O YouTube desenvolveu um aplicativo específico para crianças chamado YouTube Kids. Essa ferramenta oferece uma versão do serviço voltada para o público jovem, com conteúdos pré-selecionados. Acessando o YouTube Kids pelo computador, os pais podem criar, a partir de suas contas, perfis para seus filhos. Os perfis são divididos em três tipos diferentes: Pré-escolar (até quatro anos), Crianças Menores (de cinco a oito anos) e Crianças Maiores (de nove a 12 anos). Essa escolha influencia nos tipos de vídeos que ficarão disponíveis na ferramenta de acordo com a faixa etária da criança.
O controle parental do app permite também que os pais bloqueiem a ferramenta de busca para que o jovem tenha acesso somente aos conteúdos verificados da plataforma. Além disso, dentro do aplicativo, pais podem estipular o tempo que o jovem poderá ficar no app. Ao fim desse tempo, a sessão é automaticamente bloqueada e o aplicativo só voltará a funcionar uma vez que os pais desabilitarem o timer.
Para adolescentes a partir de 13 anos, que utilizam o YouTube convencional, também é possível ajustar alguns parâmetros para que eles tenham uma experiência mais segura. A ferramenta "Modo Restrito" do YouTube também é um recurso que ajuda a ocultar conteúdo possivelmente voltado para adultos durante o uso do app ou site, embora a plataforma ressalte que "nenhum filtro é 100% preciso". O modo é ativado nas configurações do YouTube e pode ser desativado a qualquer momento.
Em fevereiro deste ano, o YouTube anunciou que começaria a testar as contas supervisionadas, que proporcionam uma experiência de transição entre o YouTube Kids e a plataforma habitual (não indicada para menores de 13 anos). Nesta nova experiência, disponível no Brasil, há três níveis de conteúdo pré-configurados pela própria plataforma: "Explorar", que regula o cardápio para que sejam exibidos conteúdos para crianças maiores de nove anos, como vlogs, clipes, notícias; "Descobrir vídeos novos", voltado a maiores de 13 anos e que disponibiliza uma variedade maior de vídeos, além de liberar as transmissões ao vivo; e "Maior parte do YouTube", que desbloqueia quase todos os vídeos da plataforma, exceto conteúdo com restrição de idade. Para utilizar esse recurso, a criança/adolescente deve ter uma conta Google monitorada, voltada a menores de 13 anos.
O Instagram pausou, em agosto deste ano, o projeto de criação da versão kids, voltada a menores de 13 anos, que é a idade mínima para usar o app, segundo o regulamento. No momento, também não existem contas supervisionadas e os pais só podem restringir os perfis de seus filhos se tiverem acesso à conta deles.
Os parâmetros que podem estipular são: tornar a conta privada, remover seguidores indesejados, bloquear comentários de seguidores, de amigos e de pessoas específicas, filtrar para que comentários com palavras ofensivas não sejam publicados, silenciar perfis (de forma que suas publicações não apareçam mais no feed), publicar stories apenas para amigos próximos (pertencentes a uma lista pré-definida pelo usuário), restringir os comentários de pessoas que estejam sendo desagradáveis ou agressivas e denunciar postagens ou perfis inadequados.