A proibição dos chineses TikTok e WeChat em lojas de aplicativos dos Estados Unidos, prevista para começar no domingo (20), foi suspensa. No caso do TikTok, o banimento foi evitado após Donald Trump acenar para um acordo entre o app de vídeos e a gigante de softwares Oracle, enquanto o WeChat foi favorecido por uma decisão de uma juíza norte-americana.
Com o acordo com a Oracle, a ByteDance, dona do TikTok, pretende ganhar permissão para manter suas operações nos Estados Unidos. O governo norte-americano alega que o aplicativo de vídeos é uma ameaça à segurança nacional.
— Eu dei minha bênção ao negócio — disse Trump a jornalistas no sábado (19).
Depois da declaração de Trump, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que a proibição do TikTok será adiada em uma semana, até 27 de setembro, tendo em vista os "avanços positivos recentes".
O negócio, porém, ainda depende da aprovação formal do Comitê de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos. A nova empresa fruto do acordo se chamará TikTok Global, disse Trump.
Segundo os termos do acordo, a ByteDance manterá a maioria dos ativos do TikTok, enquanto a norte-americana Oracle seria a "parceira tecnológica" do aplicativo nos Estados Unidos, responsável por hospedar todos os dados de usuários do país.
De acordo com o TikTok, a Oracle e também o Walmart participarão de uma rodada de financiamento pré-abertura de capital da TikTok Global, na qual podem assumir uma participação cumulativa de até 20% na empresa. A TikTok Global contratará "pelo menos" 25 mil pessoas, disse Trump.
Quanto ao WeChat, a juíza Laurel Beeler, de São Francisco, atendeu a um pedido feito por usuários e suspendeu a decisão do governo Trump de proibir downloads do app.