A União Europeia infringiu, nesta quarta-feira (18), uma multa recorde de 4,34 bilhões de euros (cerca de R$ 19 bilhões) ao Google por abuso de posição dominante de seu sistema operacional para smartphones e tablets, o Android, com o objetivo de garantir a hegemonia de seu serviço de busca online.
A Comissão Europeia determinou à empresa americana que "ponha fim às suas práticas ilegais nos próximos 90 dias", sob pena de novas multas, "que podem ir a até 5% da média mundial do volume de negócios diário da Alphabet", a empresa-mãe do Google.
"O Google usou o Android como um veículo para consolidar a posição dominante de seu motor de busca. Essas práticas (...) privaram os consumidores europeus das vantagens de uma concorrência efetiva", alegou a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, em um comunicado.
Em nota, o Google anunciou que vai recorrer da bilionária multa imposta pela UE.
"Recorreremos da decisão da Comissão", disse o porta-voz da Google, Al Verney, afirmando que o Android não limitou a oferta dos consumidores.
"Um ecossistema vibrante, uma rápida inovação e preços mais baixos são as características clássicas de uma concorrência robusta", acrescentou.