Smartphone mais vendido no Brasil, o Moto G apresentou nesta terça-feira a sua terceira geração. Para tentar se manter no topo do mercado, a Motorola manteve o preço abaixo da média e acrescentou funcionalidades ao celular, além de torná-lo à prova dágua e permitir que ele seja customizado. Com isso, avaliam especialistas, o modelo (e seus superiores, Moto X Play e Moto X Style) tem tudo para manter-se no topo.
Novo Moto G à prova d'água e mais dois modelos são apresentados pela Motorola
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Eduardo Pellanda, professor da PUCRS especialista em tecnologia, vê três principais méritos nos lançamentos desta terça-feira da Motorola: a customização, possível graças à ferramenta Moto Maker, os sensores de movimento e voz, tecnologia exclusiva da empresa, e o software superágil e facilmente atualizável. Pellanda considera que, graças a esses três fatores, aliados ao preço extremamente competitivo, a empresa entra em sua terceira geração de smartphones com muita força:
- Apesar de ter sido vendida para a Lenovo, a Motorola parece ter mantido o DNA do Google, de software mínimo e simples. São extremamente ágeis nas atualizações, o que é a principal dificuldade dos celulares com sistema Android - avalia.
Aliado à simplicidade, fatores específicos do mercado brasileiro podem ajudar. Emily Canto Nunes, jornalista especializada em tecnologia do portal IG, acha que, na competição com a chinesa Xiaomi, a Motorola perde no preço, mas acaba ganhando no nome forte. E o Moto Maker, ferramenta de personalização da Motorola, também deve ser um atrativo ao mercado tupiniquim:
- O Moto G de terceira geração me parece uma evolução bem clara das outras gerações. O Android puro segue como destaque, junto com o Moto Maker, que pode chamar bastante atenção do brasileiro.
Consumidor brasileiro está na mira da Xiaomi, a "Apple chinesa"
Com preços começando na faixa de R$ 899, os novos lançamentos da Motorola não deixam nada a desejar a outros celulares premium do mercado, diz o professor de sistemas eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade Federal de São Paulo (USP) Marcelo Zuffo. Portanto, para ele, a resistência à água do aparelho pode ser um diferencial.
- Tecnicamente, são celulares que estão no patamar de arte, mas são muito parecidos com os de outras marcas premium, como LG e Samsung. A grande novidade é ser à prova dágua, o que pode inclusive aumentar a longevidade do aparelho - explica.
No Brasil, avaliam os especialistas, o Moto G chega para concorrer com aparelhos como o da chinesa Xiaomi, que apresentou preços extremamente competitivos na sua chegada ao país - o que pode ter influenciado na estratégia da Motorola. Os aparelhos Moto X - tanto o Play, que chega ao Brasil custando R$ 1499, quanto o Style, que ainda não tem preço - batem de frente com modelos como o LG G4 e o Samsung S6.
* O repórter viajou para São Paulo a convite da Motorola