O programa Fantástico, da TV Globo, divulgou trechos da delação de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, empresário e colaborador em uma investigação sobre lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
Gritzbach foi morto a tiros na última sexta-feira (8), no Terminal 2 do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo. O empresário foi alvo de 10 tiros de fuzil, sendo atingido em diversas partes do corpo, incluindo cabeça, tórax e braços.
Gritzbach confessou ter realizado transações imobiliárias para o PCC, usando nomes de familiares como intermediários. Além disso, acusou policiais civis de roubo durante sua prisão, alegando que levaram dinheiro e relógios de luxo de sua residência. Essas acusações ainda estão sob investigação.
Ele teria afirmado que ajudou a facção a lavar dinheiro com compra de imóveis.
"Eu admito que participei dessas transações, foi uma venda comercializada aonde meu escritório fez análise jurídica, rodou os contratos e onde acabei fazendo no nome do meu tio e do meu primo", declarou, segundo a TV Globo.
Eles teriam feito os negócios como laranjas de Claudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, que era um dos líderes da facção até ser morto, em 2022.
O crime ocorreu na presença da namorada de Gritzbach e próximo ao filho dele. Apesar da oferta de proteção pelo Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Provita), o empresário optou por não aderir, buscando proteção policial, o que não é previsto por lei.
Ele era corretor de imóveis e negociava criptomoedas quando começou a colaborar com integrantes do PCC ao investir dinheiro de criminosos. Acabou se tornando pivô de uma guerra interna da facção, iniciada em 2021, ao ser acusado de encomendar a morte de Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, um dos principais traficantes do PCC, e do segurança Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.