A Polícia Civil irá ouvir na próxima semana o segurança que retirou Enio Daniel Druzian, de 56 anos, do palco de uma casa de festas na madrugada do último domingo (15). Conforme a investigação, a vítima morreu em decorrência de um traumatismo craniano quando bateu a cabeça no chão após ser puxado pelo homem.
Até o momento, foram ouvidas diversas testemunhas, além do proprietário da boate. As câmeras de segurança confirmaram o que foi relatado por quem estava no local.
— De maneira repentina ali, algumas (testemunhas) até relataram com extrema brutalidade, o segurança teria tirado à força a vítima de cima do palco e nesse ato de retirar dessa maneira, a vítima teria caído ao chão e batido a cabeça. A gente tem imagem do interior ali que mostra isso — conta o delegado Adriano de Rossi.
A vítima foi encaminhada para outro ambiente, onde recebeu atendimento de uma técnica de enfermagem. O Samu foi acionado e chegou depois, mas Druzian não resistiu. De acordo com o delegado, não houve outro momento de agressão.
— O único fato que aconteceu foi o puxão, ele caindo com a cabeça ao solo e aí ele é levado imediatamente para fora. Não tem nenhum momento em que os seguranças ficam sozinhos com ele ou que agridem ele. Foi unicamente esse impacto o causador da morte — explica Rossi, desmentindo alguns vídeos que indicaram que o homem teria sido espancado.
O delegado acredita que foi desproporcional a maneira como Druzian foi retirado de cima do palco:
— Foi desnecessário. A vítima não estava agressiva, não estava se recusando a sair de cima do palco. Teria outras maneiras de se resolver essa situação que não teria esse lamentável desfecho.
Ainda não há definição da tipificação do crime. No momento, a polícia trabalha com a hipótese de homicídio culposo ou doloso. No entanto, não se descarta outro tipo de delito, como lesão seguida de morte.
A expectativa é de que o inquérito seja concluído até o final da próxima semana, após a oitiva com os três seguranças e da conclusão do relatório de análise das imagens.