A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram, nesta terça-feira (29), operação para desarticular um grupo criminoso que, segundo a investigação, era responsável pela importação ilícita de mercadorias, a partir do Uruguai, destinadas ao comércio ilegal no Estado de São Paulo.
Conforme a PF, o grupo atuava em três Estados por meio de empresas constituídas no país vizinho. Ainda de acordo com a apuração, eles importavam mercadorias da China e dos Estados Unidos para revende-los em free shops, mas desviavam os produtos ilegalmente para São Paulo, sem efetuar o pagamento de impostos.
A chamada Operação Hangover cumpriu cinco mandados de prisão preventiva em Pelotas, Bombinhas (SC), Santana da Parnaíba (SP), Guarulhos (SP) e Sarapuí (SP). Além disso, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.
Até as 9h30min, duas pessoas haviam sido presas — uma delas em Pelotas. Elas não tiveram os nomes divulgados.
Investigação
A investigação teve início em maio de 2022. Desde então, foram realizadas 26 abordagens e prisões em flagrante, resultando na apreensão de cerca de R$ 180 milhões em mercadorias. Além disso, foram apreendidos 18 caminhões, quatro ônibus, três vans e seis veículos de passeio.
Entre os principais itens vendidos ilegalmente estavam cigarros, bebidas, vestuário, óculos, calçados, cosméticos e equipamentos eletrônicos.
Conforme a PF, o grupo contava com depósitos próximos à fronteira e na região metropolitana de Porto Alegre, onde armazenavam as cargas. Posteriormente, essas cargas eram enviadas por meio de caminhões ou ônibus até São Paulo, abastecendo principalmente lojas na região da Avenida 25 de Março, uma via popular da cidade. Ao retornar ao Rio Grande do Sul, o grupo utilizava os mesmos veículos para transportar cargas de cigarros de origem paraguaia.