Três jovens da Região Metropolitana e do Vale do Sinos foram indiciados pela Polícia Civil por apologia ao nazismo e porte ilegal de arma de fogo. O inquérito foi concluído na sexta-feira (16) e remetido à Justiça nesta segunda (19). Eles são investigados por recrutar pessoas pelas redes sociais e WhatsApp para atos neonazistas.
Os jovens são de Porto Alegre, de Canoas e de Novo Hamburgo. Eles foram presos no dia 6 em uma ação da Delegacia de Combate à Intolerância, em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os nomes deles não foram divulgados.
Na ação, foram apreendidos com eles computadores, livros, símbolos nazistas e fascistas, armas e munição. A delegada Tatiana Bastos investigou os três durante seis meses e comprovou o ódio a negros, homossexuais, judeus e imigrantes.
Um deles, segundo a investigação, ainda criava games com mensagens subliminares sobre ações neonazistas e ataques a escolas. Em 2019, o mesmo jovem, que tem atualmente 23 anos, foi preso por planejar ações contra um estabelecimento de ensino na Região Metropolitana.
A delegada diz que a outro suspeito de atos neonazistas, preso dia 15 deste mês em Pelotas, na zona sul do Estado, é investigado por integrar o mesmo grupo. Segundo ela, o jovem usou as redes sociais para fazer ameaças de morte a um professor e à filha de um deputado estadual.
Todos os investigados foram alvo da chamada Operação Accelerare, que foi deflagrada contra extremistas neste mês pela polícia já que estava aumentando o aliciamento — de uma forma acelerada — de adeptos a atos neonazistas.