O cirurgião-dentista Délcio José Schuch, de 69 anos, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão por matar a esposa, Margarete Rodrigues Schuch, em março de 2019, em Imbé, no Litoral Norte. A mulher tinha 56 anos. O homem foi julgado nesta quinta-feira (25), no Foro da Comarca de Tramandaí.
A sentença proferida pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura condenou o réu por homicídio qualificado, com motivo torpe, e feminicídio, com pena de 20 anos e seis meses. Inicialmente, a pena deverá ser cumprida em regime fechado. Schuch também foi condenado por fraude processual, com pena de mais dois anos de detenção, em razão de se desfazer de indícios e provas de autoria e materialidade. O homem respondeu ao processo preso e não poderá recorrer em liberdade. A sessão começou pela manhã e se encerrou por volta de 18h.
O crime
A investigação policial apontou que Délcio José Schuch matou a mulher em 26 de março de 2019, no quarto da casa onde moravam, no balneário Santa Terezinha. Segundo o Ministério Público (MP), ele abandonou o corpo às margens da RS-786. A causa da morte foi hemorragia e ferimento craniano por arma de fogo. Ainda conforme o MP, o motivo para o crime foi o sentimento de posse e ciúme do marido em relação à vítima.
Schuch foi preso alguns dias após o crime, em Santo Antônio da Patrulha, enquanto se deslocava de Imbé a São Leopoldo, onde iria visitar a mãe. No momento da prisão, ele afirmou que Margarete teria cometido suicídio. Na época, o então delegado de Imbé, Antônio Carlos Ractz Júnior, disse que Margarete sofria violência física e doméstica.