O Ministério Público do Estado denunciou, na terça-feira (19), um homem de 22 anos que tentou assassinar três pessoas da mesma família após estuprar duas delas. O crime foi cometido em 3 de abril, no bairro Parque Índio Jari, em Viamão. O criminoso está preso, recolhido na Penitenciária Estadual de Canoas — o nome dele não foi divulgado.
O homem foi denunciado por dois estupros — um deles contra pessoa maior de 14 anos e menor de 18 — e três tentativas de homicídio triplamente qualificado — com emprego de fogo, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime.
Conforme o MP, o homem chegou à casa das vítimas por volta das 6h, com uma arma. Segundo a acusação, ele rendeu uma mulher de 62 anos e a estuprou. O neto dela, de 21, acordou e foi até o invasor, mas acabou rendido também. Avó e neto foram amarrados, amordaçados e presos no banheiro.
Na sequência, o homem foi até o quarto da neta da mulher, de 16 anos, e também a estuprou. Após a agressão, a adolescente também foi amarrada e presa no banheiro, junto ao irmão e à avó.
Antes de fugir, o homem colocou fogo no imóvel. No entanto, a avó conseguiu se soltar e desamarrar os netos. As três vítimas conseguiram fugir do local antes que as chamas atingissem o cômodo.
Conforme a promotora de Justiça Bárbara Pinto e Silva, o crime de homicídio só não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do criminoso, já que a avó conseguiu se libertar e sair do local com os netos a tempo.
— Além disso, a tentativa de assassinato foi praticada com emprego de fogo, pois o denunciado ateou fogo no domicílio com a intenção de matar as vítimas. Foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois o denunciado, previamente preparado, invadiu o domicílio, onde as três se encontravam dormindo de forma pacífica, sendo surpreendidas pelo indiciado, que as manteve amarradas e presas no banheiro em ação posterior aos crimes de estupro, ateando fogo no imóvel e fugindo do local, deixando-as para morrerem carbonizadas, dificultando suas chances de fuga. Por fim, esse crime foi cometido para assegurar a impunidade de outros, pois o denunciado havia estuprado duas das vítimas momentos antes — afirmou a promotora.