A Polícia Civil indiciou cinco ladrões de veículos que foram alvos de uma operação no dia 28 de abril na Região Metropolitana. Dos cinco, quatro seguem presos. Todos respondem por roubo de veículo majorado, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. As penas somadas passam de 20 anos de reclusão.
As prisões foram revertidas de temporárias para preventivas e todos os suspeitos também já foram indiciados anteriormente por outros delitos semelhantes. Em seis meses de investigação, a polícia identificou 15 vítimas e, depois da ação realizada em quatro cidades, mais nove vítimas procuraram os agentes responsáveis pelo caso.
Todas elas reconheceram os criminosos que agiam em Porto Alegre, sempre mediante agressões e ameaças.
De acordo com o titular da Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Rafael Liedtke, há um segundo inquérito envolvendo os mesmos investigados e também o proprietário de um ferro-velho de Gravataí credenciado ao Detran. Os ladrões encaminhavam para o local peças de carro roubadas. O local também é alvo de apuração administrativa e, desde a época dos fatos, foi interditado.
Operação
Liedtke diz que cerca de 30 policiais civis e militares participaram da operação policial realizada na Capital, em Gravataí, Canoas e Sapucaia do Sul. Foram cumpridos seis mandados de busca e quatro de prisão. Na ocasião, seis suspeitos foram detidos, sendo dois em flagrante. Dois foram liberados dias depois. Um deles não está sendo indiciado e o outro sim porque houve provas suficientes do envolvimento dele nos roubos de veículos.
Além do roubo de automóveis, inclusive com bloqueio do sinal de GPS para evitar rastreamento, agressões às vítimas e desmanche de peças, a polícia afirma que os investigados clonavam carros e também levavam todos os pertences dos motoristas durante os assaltos. Somente em abril, a polícia confirma que a quadrilha realizou pelo menos 11 roubos de automóveis.
Como a quadrilha tem ligação com uma organização criminosa que atua no Estado, o delegado Liedtke acredita que o dinheiro obtido com os crimes era usado para capitalizar o tráfico de drogas e de armas, como, por exemplo, no caso da guerra de facções em Porto Alegre — os confrontos já deixaram mais de 30 pessoas feridas e 25 mortas.
Nota do Detran sobre o ferro-velho de Gravataí:
"O Desmanche segue fechado cautelarmente. Está em curso a apuração da auditoria do Detran/RS, quanto às irregularidades administrativas constatadas no local. Encerrado esse procedimento, que prevê depoimentos dos responsáveis, e concluído o Relatório de Auditoria, é encaminhada a instauração do processo administrativo. Comprovadas as irregularidades, encaminha-se para aplicação da penalidade".
Vítimas deste grupo ou pessoas que acreditam que possam ter sido roubadas por esta quadrilha podem procurar a polícia pelos seguintes contatos:
- Disque-denúncia: 0800-510-2828
- WhatsApp e Telegram: (51) 98418-7814