A Polícia Civil investiga um furto dentro de um condomínio no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, realizado na madrugada de quarta-feira (12). Imagens de câmeras de segurança do local flagraram o momento em que um homem arromba portas do prédio e furta duas bicicletas de moradores. A ação ocorreu em um edifício localizado na Rua Gonçalves Dias, próximo à Rua Botafogo.
De acordo com moradores do local, além das duas bikes levadas, um carro foi arrombado. Do porta-malas, foram furtados um casaco e um par de tênis. A síndica Isabel Cristina Louzada da Silva, 56 anos, contabiliza ainda prejuízo de R$ 1 mil ao condomínio devido às portas arrombadas.
Nas imagens de câmeras do condomínio, é possível ver que o homem entra no local sozinho, chega até a garagem e vai embora levando uma bicicleta. Depois, ele volta, acompanhado de uma mulher, e furta outra bike. Nesse momento, o carro é arrombado, e a mulher sai do prédio usando o casaco furtado.
— A gente acredita que ele voltou com ela para pegar mais bicicletas. Tinham mais duas ali, além das que ele levou, só que ele não conseguiu arrombar o cadeado delas. Niguém ouviu nada, ele foi rápido. Só vimos de manhã. Por ter ido direto na porta da garagem, a gente suspeita que já conhecesse o condomínio de alguma forma — afirma Isabel.
A moradora relata que o último furto no prédio ocorreu em março do ano passado, quando uma bicicleta foi levada. Na ocasião, um morador flagrou a cena, e o criminoso fugiu do local. Depois do episódio, o prédio foi reforçado com arame farpado e grades, o que deve ser feito mais uma vez nos próximos dias.
— Cada vez que (um furto) acontece é um gasto, porque a gente tem que arrumar o que foi estragado, reforçar tudo. Isso fora o que é levado. Tem câmeras por todo o prédio, mas nada inibe esses furtos. O bairro está muito complicado. Não só a parte residencial, o comércio todo também tem sofrido com essas ações. A gente que mora e circula pelo bairro vê que isso ocorre o tempo todo e não acontece nada — lamenta a síndica.
A polícia afirma que irá analisar as imagens das câmeras e ouvir testemunhas para tentar identificar os dois envolvidos.
— Nesses crimes, a reincidência é muito grande. São sempre os mesmo indivíduos que os cometem. Muitas vezes, mesmo quando são presos, são liberados logo depois. É um trabalho complicado, ainda mais nesse período em que o policiamento migra para o Litoral para realizar a Operação Verão — comenta a delegada titular da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, delegada Ana Caruso.