A Polícia Civil concluiu nesta semana o inquérito que investiga o desaparecimento do pastor Leomar da Rosa Machado, 54 anos, em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. Três, dos quatro suspeitos, foram indiciados por sequestro e associação criminosa ocorrido dia 20 de dezembro do ano passado no município. O caso completa dois meses neste sábado (20), e Machado segue desaparecido.
O responsável pelo caso, delegado Gabriel Borges, diz que ainda precisa realizar algumas apurações antes de enviar a investigação à Justiça, principalmente porque um dos quatro envolvidos no crime ainda não foi identificado.
Segundo ele, a mando de um traficante, três suspeitos armados retiraram o pastor de dentro da casa dele em Sapucaia do Sul e dois dias depois, dia 22 de dezembro, incendiaram o local. Os três identificados foram indiciados. Ainda não se sabe quem é um dos executores.
A família ainda vive angústia de não ter informações sobre o pastor, apesar da investigação policial e de buscas realizadas no município, em Nova Santa Rita, Cachoeirinha, entre outros da Região Metropolitana e Vale do Sinos.
Motivação
Segundo Borges, o crime foi motivado pelo fato da vítima estar ajudando famílias a regularizar terrenos em uma vila de Sapucaia do Sul e, com isso, prejudicar área de atuação de uma facção criminosa. Horas antes do sequestro, quatro famílias foram ameaçadas e retiradas da chamada Vila Feliz.
Além disso, os criminosos acreditavam que o pastor Leomar Machado havia acionado a Brigada Militar, que localizou 150 quilos de drogas pertencentes ao suspeito de ser líder do tráfico na região.
Este criminoso foi preso dias depois do sequestro, mas por outros delitos, e um dos executores foi detido em Passo Fundo com 300 quilos de entorpecentes. Outro identificado está foragido.