Os homens acusados pelo Ministério Público (MP) de serem os responsáveis pela morte do jogador de futsal do Corinthians Douglas Nunes da Silva, 27 anos, viraram réus pelo crime. Nesta segunda-feira (9), a Justiça de Erechim aceitou a denúncia contra Ricardo Jean Rodrigues e Guilherme Henrique Oliveira. Rodrigues foi apontado como autor do disparo e Oliveira dirigia o veículo com o amigo, armado, e o levou até o bar onde houve a ocorrência, alega o MP.
O crime ocorreu em 11 de agosto em uma casa noturna da cidade, onde o atleta disputava, pelo clube paulista, a Taça Brasil de Clubes de Futsal. Ele e Rodrigues passaram a noite na festa e divergiram na hora de dividir os gastos, o que motivou a briga e, na sequência, o homicídio.
O juiz Marcos Luís Agostini, titular da 1ª Vara Criminal do Foro da Comarca de Erechim, afirmou, ao aceitar a denúncia, que "as referidas circunstâncias e a motivação, em análise sumária, revelam o desprezo do representado pela vida humana, mostrando-se desproporcional o homicídio cometido em face de uma mera discussão em festa". Ainda segundo o magistrado, o apontado como autor do disparo já tem condenação criminal transitada em julgado por tráfico de drogas e associação para o tráfico, e desrespeitou a prisão domiciliar pelos crimes, o que "evidencia a dificuldade do representado de se adequar às normas de convívio social, bem ainda a total desconsideração com o cumprimento da lei e das determinações judiciais", complementa o despacho. Ricardo Jean Rodrigues está preso preventivamente desde o dia em que o fato ocorreu.
O acusado de conduzir o veículo teve prisão decretada no dia 22 de agosto, por ter prestado auxílio a Ricardo. O juiz disse acreditar "ser possível que Guilherme Henrique Oliveira esteja ocultando a arma de fogo utilizada na prática do crime, para o fim de prejudicar o andamento da investigação ou a realização de perícia na referida pistola".