A Polícia Civil concluiu que a mulher de 38 anos que disse ter sido rendida , roubada e estuprada por dois homens encapuzados entre a noite de segunda-feira (15) e a madrugada de terça-feira (16), em Santa Maria, na Região Central, inventou a história. Conforme a família relatou à polícia, a universitária sofre de problemas psiquiátricos.
Segundo a delegada Elizabete Shimomura, já havia uma desconfiança dos investigadores sobre a veracidade do caso, principalmente por algumas inconsistências no depoimento inicial. Durante a apuração, os policiais viram que não houve movimentação na conta da mulher e, extraoficialmente, descobriram que ela não esteve na universidade na noite do crime.
Um novo depoimento havia sido marcado para a quarta-feira (17), mas mulher não compareceu, o que chamou ainda mais atenção dos investigadores. Em seguida, descobriram que ela estava internada em um hospital psiquiátrico e conseguiram contato com a mãe.
— Nos relatou o que aconteceu, que a filha dela tinha problemas sérios desde criança e acompanhamento psicológico, psiquiátrico. Inclusive, disse que pensou em nos alertar que era uma fantasia, mas como a situação já estava fora de controle, ela não teve coragem de contar — disse a delegada.
Além disso, a universitária ainda teria relatado para a médica que toda a história não havia passado de uma fantasia. A delegada diz que ainda é cedo para concluir se a universitária pode ser indiciada por falsa comunicação de ocorrência.
Entenda o caso
A mulher procurou a Polícia Civil dizendo que havia sido rendida, roubada e estuprada quando deixava a faculdade, em Santa Maria, às 22h15min. Na ocorrência, disse que ficou cerca de cinco horas em poder de dois criminosos.
Ainda disse que foi obrigada a sacar R$ 150 da conta bancária antes de ser estuprada. Depois, foi deixada pelos criminosos no centro da cidade, mesmo lugar onde foi abordada. Por volta das 4h, acionou a Brigada Militar que a conduziu para a Delegacia de Polícia.