Na audiência realizada em maio de 2015, apareceu em frente ao Fórum de Três Passos um carro de som reproduzindo gritos de Bernardo Uglione Boldrini, morto aos 11 anos. No julgamento do caso, que inicia segunda-feira (11), esse tipo de manifestação não será permitida, segundo a Brigada Militar.
O comando do 7º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo município da Região Noroeste, informou também que não será permitida a concentração de pessoas em frente e na lateral do Fórum. Segundo a nota emitida pela Brigada Militar, a medida pretende evitar "a perturbação dos trabalhos, conforme pedido do Poder Judiciário".
Durante o julgamento, que pode se estender por toda a semana, será realizada operação especial de policiamento. Além do efetivo local, o Batalhão de Polícia de Choque de Santa Maria realizará a segurança no entorno do prédio e o controle do trânsito.
Ao longo do júri, será isolada a calçada em frente e na lateral do prédio, localizado na Avenida Júlio de Castilhos, na área central. A Rua General Osório, ao do Fórum, será interditada para estacionamento de servidores do judiciário, do Ministério Público (MP) e da imprensa.
O caso
Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014 de Três Passos, onde vivia com o pai, o médico Leandro Boldrini e a madrasta, Graciele Ugulini. Ele foi encontrado morto 10 dias depois, no interior de Frederico Westphalen. Amiga da madrasta, Edelvânia Wirganovicz levou os policiais até a cova onde o menino foi enterrado. Ela confessou ter participado da morte do menino, com Graciele.
A madrasta e o marido se tornaram réus no caso. O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, também foi preso e responde pelo crime. Ele é acusado de ter ajudado a cavar a cova onde o corpo do menino foi ocultado. Segundo a denúncia do MP, Graciele e Edelvânia teriam dado dois comprimidos calmantes ao menino e uma injeção, que teriam provocado a morte da criança. Os quatro vão a julgamento na segunda-feira.