Um homem que foi baleado na tarde de terça-feira (8) em Cruz Alta, no noroeste do Estado, morreu no hospital no fim da manhã desta quarta-feira (9). William Iago Messias Bitencourt, 25 anos, foi alvo de pelo menos quatro disparos de arma de fogo em sua residência, no bairro Progresso.
O autor confesso do crime é companheiro de uma tia da vítima, segundo a Polícia Civil. O caso está sendo investigado como homicídio. Bitencourt tinha antecedentes policiais por furto qualificado, ameaça, roubo e associação criminosa. Ele foi condenado por roubo e estava em liberdade condicional desde janeiro de 2017.
Conforme a Delegacia de Polícia (DP) de Cruz Alta, uma tia de Bitencourt, que foi vítima de furto em seu estabelecimento comercial, na madrugada da última segunda-feira (7), desconfiava da participação do sobrinho no crime. Uma TV, um aparelho de som, uma bomba de chimarrão e uma quantia em dinheiro teriam sido subtraídos na investida criminosa.
Na manhã de terça-feira, a tia, acompanhada do companheiro, de 36 anos, e do filho, de 19 anos, foram até a casa de Bitencourt para cobrar satisfações. Segundo depoimento à polícia, os familiares de Bitencourt afirmaram que foram ameaçados por ele, que teria confessado participação no crime. No entanto, ele teria se comprometido a tentar recuperar os equipamentos furtados.
Na tarde do mesmo dia, o companheiro da tia de Bitencourt e o filho dela retornaram à casa do homem, que teria ameaçado a dupla com um facão. Em seguida, o companheiro da tia de Bitencourt teria desferido quatro disparos com um revólver calibre 32 contra a vítima. A dupla fugiu em seguida. Bitencourt foi encaminhado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira, por volta das 11h40min.
— Eles alegam que a vítima, o Willian, teria puxando o facão para agredir um deles e o outro teria efetuado os disparos — afirmou o delegado Josuel Muniz.
Os dois homens prestaram depoimento à polícia, mas não foram presos, pois não existia mais situação de flagrante. O delegado Muniz estuda se vai pedir a prisão preventiva ou outra medida cautelar contra os suspeitos:
— Estou analisando a possibilidade de prisão cautelar, eles serão indiciados e o inquérito será encaminhado ao Judiciário em no máximo 30 dias.
Muniz destacou que os dois suspeitos devem responder por homicídio qualificado, pois usaram recurso que dificultou a defesa da vítima. Um será apontado como autor e outro como coautor. A arma utilizada no crime não foi apreendida.
O atirador confesso, que não teve o nome divulgado pela polícia, afirma que "perdeu a arma", segundo o delegado. Ele tem antecedentes por homicídio, lesão corporal e desacato. O filho da tia da vítima não tem antecedentes.