A Polícia Civil catarinense prendeu no sábado o gaúcho João Carlos Prestes de Oliveira, 43 anos, que estava com prisão preventiva decretada por matar a ex-companheira, Kátia Alves Marques. O crime ocorreu dia 2 em Porto Alegre e ele foi preso três dias depois, na cidade catarinense de Biguaçu, onde buscou refúgio na casa de parentes.
Ao ser preso, Oliveira confessou o crime e disse que premeditou o assassinato da ex-mulher ao descobrir que ela estava envolvida com outro homem. Ele disse que marcou um encontro com Kátia e a pegou de carro, para resolver a questão do ciúmes que nutria por ela.
Oliveira levou duas facas e um galão de gasolina para o encontro. Em determinado momento, eles discutiram e ela saiu do carro. Então ele a perseguiu e atacou com as duas lâminas. Desferiu mais de 20 golpes na ex-companheira. Quando Kátia ainda agonizava, ele despejou gasolina sobre ela e ateou fogo. O corpo foi abandonado num lixão próximo à Ceasa (Centrais de Abastecimento do RS).
A delegada Tatiana Bastos, da Delegacia da Mulher de Porto Alegre, conseguiu pistas do suspeito e o endereço de seus parentes em Biguaçu, no bairro Saveiro. A policial então conseguiu na Justiça Estadual a prisão preventiva de Oliveira e acionou colegas da Polícia Civil catarinense para que o suspeito fosse detido.
Oliveira não ofereceu resistência e confessou o crime. Ele será indiciado por feminicídio, que é uma qualificadora do crime de homicídio (que varia entre seis e 20 anos) e implica em aumento de um terço da pena. A qualificadora é considerada toda vez que o homicídio é cometido contra mulheres em situação de violência doméstica ou por discriminação de gênero.