A Justiça de Carlos Barbosa determinou a reabertura do inquérito policial sobre a morte de Guilherme Corrêa de Quadros, 20 anos, em Carlos Barbosa, na Serra. A decisão da juíza Cristina Margarete Junqueira atendeu a solicitação do Ministério Público, após a advogada Dinamara Lusa Tessaro, que representa a família do rapaz, apresentar novas evidências ao caso. O jovem morreu em 19 de março de 2017, após se envolver em um acidente de trânsito na cidade.
Para a Polícia Civil, ele morreu em decorrência dos ferimentos provocados pelo acidente daquela madrugada. A família, porém, não acredita nessa versão e sustenta que Guilherme foi assassinado. Os familiares contrataram uma empresa de investigação particular que aponta que o rapaz foi agredido com uma garrafada após uma briga na Rua Coberta. Para eles, o ferimento levou ao acidente que resultou na morte do jovem.
A família de Guilherme organizou uma caminhada pedindo justiça pelo jovem. O ato será realizado no dia 27 de maio a partir das 15h em Carlos Barbosa.
Entenda o caso:
Guilherme era natural de Garibaldi e morreu no Hospital São Roque em Carlos Barbosa, após ser retirado do Fusca que dirigia. De acordo com o inquérito da polícia, ele deixou a Rua Coberta sozinho e colidiu o veículo primeiro contra um parquímetro na Rua Rio Branco, no Centro. Após, seguiu dirigindo até perder novamente o controle do Fusca e bater contra uma Saveiro estacionada na Rua José Raimundo Carlotto, no Vila Nova e na sequência atingiu a grade de uma residência na mesma rua. Socorrido, o jovem morreu pouco depois de chegar ao hospital.
A perícia oficial indicou que rapaz sofreu um ferimento profundo no pescoço causado pelo impacto contra o para-brisas do Fusca. A família não concorda com o inquérito e contratou uma investigação particular para comprovar que o rapaz foi agredido antes de colidir o veículo. O laudo não oficial indica que o rapaz morreu em virtude dessas agressões.
Segundo os investigadores particulares, as provas, testemunhas e análises de câmeras de vídeo apontam que o jovem sofreu as lesões que lhe causaram o corte profundo no pescoço antes de embarcar no Fusca. Ou seja, o ferimento foi produzido por uma garrafa, segundo a investigação particular. O corte levou à perda de sangue, e fez com que ele perdesse o controle do veículo e batesse contra a grade de uma casa.