O delegado Alexandre Vieira, responsável pela investigação sobre a morte de um motorista da Uber durante assalto na zona norte de Porto Alegre, vai ingressar na Justiça para obter dados da empresa. Após fazer pedido formal sobre informações da chamada para a corrida, o policial resolveu recorrer ao Poder Judiciário para identificar os três suspeito do latrocínio de Rafael Gardini Gomess, 34 anos.
– Devo ingressar em caráter de urgência no Foro Central o mais rápido possível por que já entramos em contato e não conseguimos qualquer tipo de resposta – destaca Vieira.
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O delegado já tem fotos de pelo menos dois dos três suspeitos, mas precisa dos dados para tentar identificar os criminosos. As fotos ainda não foram divulgadas porque podem ser adolescentes, que não podem ser expostos, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A Polícia Civil também tenta melhorar as imagens obtidas por câmeras de segurança da região. O motorista do aplicativo, segundo a investigação, teria reagido ao assalto ocorrido na avenida Carneiro da Fontoura, bairro Passo d'Areia, no fim da tarde de sexta-feira. Os bandidos levaram pelo menos um celular da vítima.
Este é o 16º latrocínio desde o início do ano na Capital. Os números são inferiores ao do mesmo período do ano passado, quando foram registrados 26 casos deste tipo de crime.
Neste sábado (2), em frente ao prédio da Uber, na avenida Padre Cacique, motoristas do aplicativo fizeram um buzinaço como forma de protesto contra morte de Gomes.
A Uber informa que os dados já foram repassados à Polícia Civil, seguindo o procedimento previsto no Marco Civil da Internet.
