Cerca de 250 kg de cocaína foram apreendidos pela Receita Federal no Porto de Rio Grande, no sul do Estado. A droga estava em dez bolsas que seriam exportadas pelo Terminal de Contêineres (Tecon). A carga tinha como destinho a Espanha, segundo a investigação.
Os tabletes estavam envolvidos com papel carbono e uma manta laminada para que não fossem identificados pelo sistema de raio-X da Receita. Segundo informações preliminares, a empresa exportadora não tinha participação no esquema.
– É natural que o traficante tente mudar a rota na medida em que começa a ser pego em determinados locais, no caso, em outros portos. O normal é o eixo Rio-São Paulo e Santa Catarina, pela proximidade com o Paraguai – disse o inspetor-chefe da Alfândega do Porto do Rio Grande, Carlos Frederico Schwochow.
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De acordo com a Receita Federal, dois contêineres foram selecionados para a fiscalização. Em um deles, estavam as bolsas com as drogas. No outro foram encontradas três malas com tocos de madeira, sem qualquer material para disfarçar a carga. Para a Receita, a ideia dos traficantes era direcionar os servidores para a carga errada.
Desde 2016, todas as cargas que chegam ou saem do Brasil pelo porto de Rio Grande são escaneadas. Só em julho, 12,6 mil contêineres para exportação e outros 3,5 mil de importação foram visualizados.
A investigação agora será feita pela Polícia Federal. A apreensão ocorreu na terça-feira (1º) e, como não houve flagrante, ninguém foi preso. A droga é avaliada em R$ 8 milhões.
Em 2017, seis toneladas de drogas - principalmente cocaína - foram apreendidas pela Receita Federal em portos do Brasil. É a primeira ocorrência registrada de tentativa de saída de drogas pelo Porto de Rio Grande.