Procurado pelo assassinato do tenente da reserva da Brigada Militar Vilmar Dias Moreira, em 22 de março, Luan Vieira de Oliveira, 21 anos, foi reconhecido em outros dois roubos de carro. O foragido está com a prisão preventiva decretada desde 12 de maio pelo latrocínio (roubo com morte) do PM. Para a Polícia Civil, os novos casos indicam que Oliveira estava praticando uma série de roubos de veículos em Caxias do Sul. Até ser identificado pelo latrocínio, o suspeito não possuía passagens na polícia.
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O primeiro crime que Oliveira teria participado foi o roubo de um Focus no bairro Bela Vista, na noite de 2 de março. A vítima foi um homem de 36 anos que estacionou o carro na Rua Carlos Bosi e foi rendido quando abria a porta. O assaltante, que seria Oliveira, colocou um revólver na cabeça do homem e exigiu as chaves. O suspeito, que vestia boné e moletom camuflado, fugiu com o carro.
No segundo caso, na noite de 9 de abril no loteamento Vitória, Oliveira teria recebido a ajuda de um comparsa, que acabou preso em flagrante. De acordo com a ocorrência, ao atender as vítimas, policiais militares mostraram fotos de dois suspeitos que, segundo informações anteriores, estavam cometendo roubos na região. As vítimas reconheceram a dupla como sendo os homens que haviam levado uma Ecosport.
Na sequência, os brigadianos se deslocaram até o endereço dos suspeitos onde avistaram um homem que tentou fugir. Segundo a BM, foi necessário o uso de força para algemar Tiago Correia da Silva, 27. O suspeito, que nega participação no crime, é investigado por homicídio, em 2013, e por tráfico de drogas, em 2014. Oliveira, por sua vez, não havia sido encontrado naquele endereço.
Segundo suspeito do latrocínio segue preso
Além de Oliveira, Marcello Dallo, 26, foi indiciado pelo latrocínio do tenente Vilmar. Ele está recolhido desde 14 de abril, quando foi capturado na BR-116, próximo à rótula com a Avenida São Leopoldo. O suspeito, que optou por se manifestar somente em juízo, tem indiciamento por receptação, é investigado por roubos a residência e de veículo.
A banalidade do crime preocupou os investigadores da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec). O relato é de que o autor do latrocínio atirou após descobrir que a vítima, que não reagiu, estava armada . A investigação ainda não esclareceu se foi Dallo ou Oliveira quem atirou contra o tenente.