O Departamento de Homicídios encontrou dois homens supostamente envolvidos na execução de um homem em frente à Estação Rodoviária de Porto Alegre, em novembro de 2016. Uma operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (26). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, sendo cinco em São Borja um em Uruguaiana e um em Canoas.
Gian Carlos Machado Ortiz, 20 anos, foi preso preventivamente em São Borja, na Fronteira Oeste – mesma cidade que a vítima morava e de onde partiu o desentendimento que culminou no assassinato. O homem é suspeito de acompanhar todo o trajeto de Bruno Dorneles Ribeiro, 24 anos, no ônibus que veio do Interior do Estado até Porto Alegre. A missão dele, de acordo com a investigação, era repassar as informações ao atirador sobre a chegada do coletivo à Capital.
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Em outra cidade da região, o suspeito de ser o mandante do crime foi encontrado. Segundo a Polícia Civil, Marcos Martins Antunes, 26 anos, é detento do Presídio Estadual de Uruguaiana e ordenou a ação de dentro da casa prisional. Dois celulares foram apreendidos com ele.
A polícia ainda não encontrou o homem apontado como o atirador que matou a vítima e ainda feriu uma passageira de um ônibus que passava pela região. Ele foi identificado como Tarcis Fernando da Silva Gavião, 23 anos (foto abaixo), já com três mandados em aberto por homicídios no Rio Grande do Sul. Ele supostamente está escondido na Região Metropolitana.
O motivo do crime, segundo a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios, é um desentendimento ligado ao tráfico de drogas do município. Ela diz que as investigações apontaram que Bruno viajou para a Capital para fugir de ameaças de um grupo criminoso que atua na cidade de São Borja. Conforme a delegada, ele queria começar uma vida nova longe dos seus assassinos.
– Objetivo era fugir deles, dessa quadrilha. Ele já recebia ameaças de morte por parte desse grupo. Ele já tinha traficado para o mandante, mas queria abandonar o crime e iniciar uma vida nova em Porto Alegre, junto com familiares –, comenta a delegada.
A conclusão da investigação e o indiciamento ocorreram em dezembro, mas a Polícia Civil aguardava o deferimento dos mandados e também descobrir a localização dos envolvidos para prendê-los.
A reportagem tenta contato com as defesas dos suspeitos presos, mas até as 13h não obteve retorno. A investigação pede para que qualquer informação sobre o paradeiro do foragido seja repassada através do telefone 0800-642-01-21. A Polícia Civil garante sigilo absoluto.