A Delegacia de Homicídios de Gravataí concluiu nesta sexta-feira o inquérito que apurava a morte da professora Maria Francisca Elias, 46 anos, vítima de uma bala perdida, que lhe atingiu a cabeça, no sábado, dia 4 de fevereiro. A conclusão, baseada nos exames comparativos de balística, é de que o disparo partiu da arma de um policial militar do 17º BPM, de Gravataí.
Para o delegado Felipe Borba, no entanto, o brigadiano agiu em legítima defesa ao fazer este disparo, o que excluiria qualquer possibilidade de indiciamento por homicídio. O inquérito foi entregue à Justiça e ainda será analisado pelo Ministério Público (MP). Cabe ao MP definir se vai denunciar ou não o policial responsável pelo tiro.
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A morte da professora
Maria Francisca foi atingida quando estava no carro da família, na ERS-020, no bairro Morada do Vale II, Ela estava no banco traseiro quando depararam com uma perseguição policial. No momento em que o genro, que dirigia o carro, iria parar no acostamento em virtude da ação policial, um tiro atingiu o vidro do carro e a cabeça da professora.
– Nos depoimentos dos policiais envolvidos na ação, eles declaram que os criminosos atiraram contra a viatura. Os disparos do PM teriam sido em resposta. Pela dinâmica do crime, é uma possibilidade bem concreta – aponta o delegado responsável pela investigação.
Foram analisadas imagens de câmeras no local. Elas não mostram, no entanto, nenhum dos disparos. Os policiais perseguiam um grupo que acabara de executar um homem a poucos quilômetros dali, no bairro Itacolomi.