A Polícia Civil de Caxias do Sul apontou a participação de quatro homens na morte do sargento da Brigada Militar (BM) Edir Hendges Welter, em 23 de janeiro, durante uma tentativa de roubo de carro no bairro Pio X. O autor do disparo que matou o brigadiano seria Éder Martins Leite, 37 anos, conhecido como Bigola, que foi morto durante uma ação da BM no Cidade Industrial no dia seguinte ao crime.
Capturados em Nova Pádua, Rafael Antunes, 20, e Willian de Assis, 19, foram reconhecidos e indiciados pelo latrocínio. O quarto envolvido é Ismael Filipe Oliveira Ramos, 26, considerado foragido desde 9 de fevereiro e que possui condenação de 23 anos por outro roubo com morte.
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Bigola sempre foi o principal suspeito da investigação da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec). Ele é o último que aparece correndo nas imagens de uma câmera de monitoramento que flagrou a sequência do crime na Rua Moreira César. Como o criminoso possuía um problema na perna, sua forma de correr foi facilmente reconhecida.
Foragido desde 2013 e com antecedentes por quatro homicídios, Bigola era conhecido por sua violência e só retornava para cidade para cometer crimes encomendados. A hipótese da Defrec é que naquela noite ele tenha sido contratado para matar dois rivais de um grupo criminoso. O Fiesta do brigadiano, estacionado na Rua Moreira César, parecia um carro fácil para ser utilizado nas execuções, porém o roubo deu errado.
Ainda assim, não está descartada a participação do grupo no assassinato de Luis Fernando Pereira de Cândido, 28, no bairro Mariani, cerca de uma hora depois da morte do sargento Welter. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
A relação de Bigola com os outros envolvidos seria comercial. De acordo com a Defrec, o criminoso costumava arranjar comparsas iniciantes no crime, caso dos primos Antunes e Assis.
Entenda o caso: