Diante da crise carcerária instalada no país, o presidente Michel Temer decidiu colocar as Forças Armas à disposição dos Estados. Os militares poderão atuar nos presídios, desde que haja o pedido dos governadores.
A medida foi anunciada na tarde desta terça-feira, após reunião de Temer com a cúpula da segurança nacional. O porta-voz do Planalto, Alexandre Parola, disse que "haverá inspeções rotineiras dos presídios com vistas à detecção e à apreensão de materiais proibidos naquelas instalações".
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O emprego das Forças Armadas tentará restaurar a normalidade nos presídios. Nas primeiras semanas de 2017, o Brasil registra rebeliões e assassinatos no Norte, em Manaus e Boa Vista, e no Nordeste, na região metropolitana de Natal.
Temer ainda determinou que haja maior integração entre os setores de inteligência do governo federal e dos Estados, a fim de aumentar a eficiência no combate ao crime organizado. Será criado um comitê composto pelos ministros da Justiça, da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional.
O presidente também definiu a criação de uma comissão para reformar o sistema penitenciário, com integrantes do Executivo, Judiciário, Legislativo e sociedade civil.