Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) informa que abriu inquérito contra 17 suspeitos de envolvimento na rebelião da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, nas proximidades de Natal, iniciada no dia 14 de janeiro. Dentre eles, estão cinco homens apontados pela polícia como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estavam dentro do presídio durante a execução de membros da facção Sindicato do Crime.
A secretaria confirmou que o transporte público não está funcionando em Natal neste domingo e que teve interrupções desde a última quinta-feira. Segundo eles, o governo já garantiu a segurança dos ônibus na cidade, inclusive com policiamento nas garagens, e que acredita que a situação deva se normalizar na segunda-feira.
Dentre os 17, estão três adolescentes também suspeitos de participação em crimes direta ou indiretamente relacionados à rebelião. Dois dos menores de idade supostamente tentaram cometer ataques a prédios públicos. As ações foram realizadas durante uma força-tarefa envolvendo a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Força Nacional e a Guarda Municipal, iniciada na segunda-feira.
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Dentre os autuados, estão um foragido de Alcaçuz, preso após cometer um roubo, um homem que tentava jogar 54 munições para dentro do presídio e um suspeito de gravar e divulgar um vídeo com ameaças. Além deles, foram presos suspeitos de atear fogo na garagem da prefeitura de São Paulo do Potengi, dois homens e uma mulher que dispararam contra um ônibus na zona norte de Natal e um suspeito de ter incendiado três ônibus na Barra de Maxaranguape, nas proximidades da capital do Rio Grande do Norte.
No último sábado, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte instalou contêineres que devem servir de barreira improvisada para a construção de um muro de concreto que vai separar as duas facções rivais na Penitenciária de Alcaçuz.
De acordo com o governo do Estado, logo após a instalação dos contêineres terá início a obra do muro. O local está há uma semana sob controle dos presos, e o Ministério Público cobra ação com força policial. Agentes penitenciários ameaçam fazer greve a partir de quarta.