Postos de combustíveis de Porto Alegre foram assaltados 216 vezes nos sete primeiros meses do ano. O crescimento é de 96% em relação ao mesmo período de 2012, quando foram registrados 110 ataques. O número de assaltos na Capital gaúcha, de janeiro a julho, é quase igual a todo o volume registro em 2012, quando foram 218 casos.
Nesta segunda-feira, donos e funcionários de postos de combustíveis se reuniram no Palácio Piratini com os secretários estaduais de Segurança e da Casa Civil, pedindo mais segurança para a atividade. Nada de concreto foi definido. O presidente do sindicato que representa o setor, Adão Oliveira, defende a retomada de um grupo de trabalho que trate especificamente sobre esses crimes. Ele também pede mais policiamento nas ruas.
"Mais um trabalho de blitze nesses horários com maior número de assaltos", reivindica Oliveira.
O presidente do sindicato que representa os trabalhadores de postos de combustíveis reclama da insegurança da profissão. Ângelo Martins sugere investimento em tecnologia para conter os assaltos, como instalação de câmeras de monitoramento integradas ao sistema da Polícia.
"À noite não tem segurança e agora nem de dia. Tiraram o dinheiro do frentista para evitar assaltos. Agora os bandidos estão roubando o cofre", conta o dirigente sindical.
O secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, acredita que o reforço no policiamento de rua vai amenizar o problema.
"Nos últimos três meses, após o aporte de mais 503 policiais e viaturas, nós tivemos uma queda (no número de assaltos a postos)", destaca Michels.
Sobre a idéia de conectar câmeras de vídeo dos estabelecimentos ao sistema da Secretaria Estadual de Segurança, Michels adianta que para que isso ocorra será preciso investimento dos empresários. No Estado, o número de assaltos a postos de combustível cresceu de 333 para 476 nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança.
Gaúcha
Dobram assaltos a postos de combustíveis em Porto Alegre
Foram mais de 200 nos primeiros sete meses
Eduardo Matos
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