A Justiça decretou a prisão temporária de Matheus Augusto de Castro Mota, segundo acusado de envolvimento na execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator de uma das maiores investigações sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Gritzbach foi morto com 27 tiros no último dia 8 no aeroporto de Guarulhos. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator. Mota é suspeito de fornecer os dois veículos usados pelos executores do crime. A reportagem não havia conseguido localizar a defesa do suspeito até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.
Os criminosos estavam em um Gol, abandonado em Guarulhos. Depois, usaram um Audi para fuga. Por fim, pegaram um ônibus. Os dois até agora não foram identificados.
Uma força-tarefa cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a Mota, que conseguiu escapar pouco antes de um dos lugares em que a polícia chegou. Ele já havia sido preso anteriormente sob a acusação de prestar o mesmo serviço para bandidos.
Além de Mota, a polícia conseguiu na Justiça o decreto para prisão de Kauê do Amaral Coelho, 29 anos, que seria olheiro do PCC. Coelho estava no saguão do aeroporto e foi o responsável por identificar e apontar Gritzbach para os executores. A polícia tentou prendê-lo na última terça-feira (19), mas ele também conseguiu escapar. A reportagem não conseguiu contato com sua defesa.
Oito PMs investigados pela corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator também foram afastados, incluindo os quatro que prestavam serviço para ele no dia do crime. A Corregedoria da Polícia Civil também investiga policiais citados no acordo de delação de Gritzbach com o Ministério Público.