A polícia de Rio Pardo ouviu, nesta terça-feira, os dois homens suspeitos de envolvimento na morte da adolescente Marciele Freitas Pinheiro, 12 anos.
O segundo suspeito, preso preventivamente na última sexta-feira, prestou seu primeiro depoimento e negou envolvimento com o crime. Ele foi preso quando estava internado no Hospital dos Passos, tratando-se de dependência em crack. Foi preciso esperar que o efeito dos medicamentos passassem para que o segundo suspeito fosse ouvido.
- Ele negou qualquer envolvimento na morte da Marciele - esclarece o delegado Anderson Faturi.
Também ouvido nesta terça, o primeiro suspeito preso, Carlos Adalberto Moraes Jardim, 22 anos, falou pouco e não esclareceu as dúvidas da polícia. Jardim teve a prisão temporária decretada depois de ser encontrado na casa dele o celular da vítima e uma faca com sinais de sangue. Marciele foi morta no dia 17, atingida por 15 facadas, de acordo com o laudo da necropsia.
A investigação segue para determinar a motivação do crime. A principal hipótese é de que a adolescente tenha sido morta por causa do celular. Na casa do principal suspeito também foram encontradas roupas queimadas. Todos os materiais encontrados estão sendo periciados.
Relembre o caso
O corpo de Marciele foi encontrado em um matagal próximo à travessia que usava como atalho para chegar à escola onde cursava a 7ª série, no dia 17. Ela havia saído pela manhã para ir ao colégio e foi encontrada com a mochila nas costas.
O laudo da necropsia revelou que a adolescente foi atingida com 15 facadas entre a região do peito e o pescoço. Segundo o documento, a garota não sofreu outro tipo de agressão, não foi vítima de crime sexual nem entrou em luta corporal com o assassino. O caso causou comoção na comunidade de Rio Pardo.