Mesmo com a prisão de um suspeito nesta quinta-feira, o motivo da morte da adolescente Marciele Freitas Pinheiro, 12 anos, ainda é desconhecido. Ontem, a Polícia Civil de Rio Pardo prendeu um jovem que estava com o celular roubado da vítima após o crime. Na casa do homem, que não teve o nome divulgado, foi encontrada uma faca suja de sangue.
A hipótese mais forte, de acordo com o delegado Anderson Faturi, é a de latrocínio. O alvo do assassino seria o celular de Marciele.
- Sabemos que o suspeito teria fumado várias pedras de crack naquele dia. É possível que ele quisesse o celular para trocar pela droga - afirma Faturi.
Hoje, a polícia realiza buscas na região atrás de outro homem. Em um de seus três depoimentos, o suspeito preso disse que teria recebido o celular de outra pessoa, que teria contado detalhes do crime. O jovem preso ontem fez uma descrição desse homem, que agora está sendo procurado.
- Foram depoimentos contraditórios. O que chamou a atenção nessa versão é que ele dá detalhes do crime. Estamos procurando esse suposto assassino apontado pelo suspeito como forma de analisarmos todas as possibilidades - ressalta o delegado.
O crime
Desaparecida no dia 17, Marciele foi encontrada pelo irmão morta em um matagal próximo à travessia que usava como trajeto para ir à escola. A mochila ainda estava nas costas.
De acordo com o laudo da necropsia, a adolescente foi morta com 15 facadas entre a região do peito e o pescoço. O exame apontou que a garota não sofreu outro tipo de agressão, não foi vítima de crime sexual, nem entrou em luta corporal com o assassino.