Doce, salgado, amargo, azedo e umami parecem ser os únicos cinco sabores que a nossa língua consegue identificar. Parecem. Um estudo publicado recentemente na revista científica Chemical Senses, da Universidade de Oxford, sugere que somos aptos a reconhecer um sexto sabor, responsável por determinar o gosto dos carboidratos.
Antes, acreditava-se que a língua interpretava os carboidratos como algo doce, isso porque a saliva é capaz de quebrar alimentos com amido em pequenas moléculas de açúcar. No entanto, a pesquisa revelou que, antes de virar açúcar, o sabor de amido ainda era percebido.
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A comprovação veio depois que os receptores da língua responsáveis por identificar as substâncias adocicadas foram bloqueados e, mesmo assim, foi possível sentir um gosto de amido. Esse novo sabor foi chamado pela autora da pesquisa, Jujuy Lim, de starchy.
Embora ainda não esteja oficializada – o que demora para acontecer, tendo em vista que o levantamento não conseguiu localizar a região específica da língua responsável por esse gosto –, a descoberta pode ser a chave para responder por que tendemos a gostar tanto de alimentos ricos em carboidratos.
O estudo
Na pesquisa, voluntários receberam diversos tipos de carboidratos e os definiram como "gosto de amido". Para a revista New Scientist, a autora do estudo disse que os asiáticos associaram o sabor ao arroz, enquanto os caucasianos definiram como "sabor de massa ou pão".
Esse gosto ainda foi percebido mesmo depois que os voluntários receberam um composto que bloqueia os receptores da língua que identificam os doces.
Umami
Há sete anos o umami foi oficializado como um sabor. Ele é definido como o gosto salgado associado ao glutamato monossódico. Queijo parmesão, cogumelos, peixes e carnes possuem a combinação de aminoácido glutamato com minerais, provocando esse sabor.