O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira um novo boletim sobre os casos de microcefalia no Brasil. Desde outubro do ano passado, do total de registros da malformação investigados, 863 foram confirmados com o problema. Em 97 deles, o zika foi apontado como causador. Outras 4.268 notificações continuam em investigação.
O novo informe aponta ainda que 1.349 registros foram descartados. Os dados apresentados no boletim seguem a Convenção Internacional para Distribuição dos dados epidemiológicos por Semana Epidemiológica, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são contadas de domingo a sábado. Ao todo, 6.480 casos suspeitos de microcefalia foram notificados desde o início das investigações no dia 22 de outubro do ano passado e registrados até o último dia 12.
Leia também:
Microcefalia atinge um a cada cem bebês de mães infectadas com zika vírus
Número de casos de dengue chega a 94 em Porto Alegre
Esse número reúne tanto as notificações que preenchiam as definições dos protocolos anteriores, como as notificações com os novos parâmetros adotados desde 9 de março, que definiu o perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 cm para meninos e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm, para identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia.
Os 863 casos confirmados ocorreram em 19 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A região Nordeste concentra 79,5% dos casos notificados.Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.226), seguido dos estados da Bahia (622), Paraíba (419) e Rio de Janeiro (296).
Ao todo, foram notificados 182 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destes, 40 foram confirmados para alguma alteração do sistema nervoso central, como microcefalia.
Até o momento, 23 Estados registram circulação autóctone de zika: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.