A presidente Dilma Rousseff participa, na manhã desta sexta-feira, de uma videoconferência com os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraiba e Bahia. A presidente e ministros estão na Sala de Coordenação e Controle para Enfrentamento da dengue, chikungunya e zika vírus, que fica no Centro Nacional de Gerenciamento e Risco de Desastres, em Brasília. O motivo da reunião é discutir como enfrentar o mosquito Aedes aegipty. O inseto transmite o zika vírus, que pode ter ligação com a incidência de microcefalia em bebês.
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, os cinco Estados que participam da videoconferência foram escolhidos por motivos específicos. São Paulo, por ter a maior população do país e a maior incidência de dengue por cem mil habitantes. Rio de Janeiro, porque vai sediar as Olimpíadas em julho, com grande circulação de pessoas. Pernambuco, Paraiba e Bahia, em função de terem os três maiores números, respectivamente, de casos de microcefalia em investigação ou confirmados.
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Entre os ministros que participam do debate, estão o da Casa Civil, Jaques Wagner, da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi. O encontro é fechado. A presidente deve falar com a imprensa quando terminar a reunião. Em 13 de fevereiro, vai acontecer uma grande mobilização em todo país, com 220 mil homens das Forças Armadas. Só no RS, 60 mil pessoas, entre militares do exército e servidores de várias secretarias, devem participar.
A presidente disse que o foco é a mobilização, com a participação de todos, para eliminar qualquer foco do mosquito. A mobilização agora tem que ser três vezes maior do que foi para a dengue, segundo Dilma. Ela destacou ainda a importância de não deixar água parada. Para isso, está começando uma faxina em vários órgãos do governo federal, inclusive no Palácio do Planalto.
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Questionada se não acha que a mobilização está começando tarde, Dilma disse que não, porque só há pouco tempo se constatou a relação do mosquito com a microcefalia.
E defendeu o ministro da Saúde, que dias atrás declarou que o país está perdendo a guerra para o mosquito.
- Dizer que estamos perdendo (a guerra contra o mosquito) significa que queremos ganhar.
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Sobre os repelentes para as gestantes do Bolsa Família, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, não soube dizer quando deve começar a distribuição. Disse que o governo se reuniu nesta semana com fabricantes e com o TCU para agilizar o processo.
Lembrando que no Estado 9,1 mil gestantes estão cadastradas no Bolsa Família. A informação é do Ministério do Desenvolvimento Social. Também disse que no próximo dia 4 todos os hospitais que atendem pelo SUS no Brasil vão passar por uma limpeza geral para eliminar focos do mosquito.
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