Baixo desempenho em testes que avaliam a memória e a habilidade cognitiva foram relacionados a um dos sintomas de Alzheimer que podem ser identificados 18 anos antes da doença ser diagnosticada. É o que apontam pesquisadores da Universidade Rush, de Chicago, a partir de resultados de um estudo publicados na revista científica Neurology.
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Os mais de dois mil idosos voluntários, com média de idade de 73 anos, não apresentavam diagnóstico de Alzheimer. Para a pesquisa, eles foram submetidos a testes de memória e de habilidade de pensamento a cada três anos por um período de 18 anos.
Entre os americanos com descendência africana, 23% desenvolveram a doença durante o estudo. O índice foi de 17% entre os descendentes europeus. De acordo com os pesquisadores, os voluntários que tiveram menor pontuação nos testes apresentaram risco maior de Alzheimer em comparação aos que tiveram desempenho melhor. A equipe responsável observou ainda que a pontuação nos testes diminuíam a cada exame e que, a cada ponto a menos, o risco da doença aumentava em 85%.
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Kumar B. Rajan, autor principal do estudo, afirma que os resultados indicam que os sintomas do distúrbio podem ser identificados décadas antes do diagnóstico. Mas o especialista ressalta que, embora tenha sido possível observar essa relação em idosos que desenvolveram alguma demência associada ao Alzheimer, não foi possível detectar tais resultados em indivíduos em alto risco - para os quais a pesquisa não foi estendida.
- Essas conclusões podem ajudar a compreender melhor a queda de cognição perto da meia idade - conclui Rajan.