Sempre que a dor de cabeça aparece você toma um analgésico para amenizar o problema? O alívio pode até ser imediato, mas saiba que automedicação pode acabar retardando o diagnóstico de uma dor mais severa. A dor de cabeça atinge cerca de treze milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Por ser uma queixa muito comum nos consultórios, a maioria das pessoas ignora seus sintomas e não procuram um médico para avaliar o quadro da dor.
Segundo o neurocirurgião formado pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) Mauricio Mandel, se a sua dor de cabeça vai e volta com frequência, fique sabendo que não deve ser um aneurisma.
- O aneurisma só da dor de cabeça quando rompe. Logo, a dor de cabeça típica é súbita, muito intensa e associada com outros sintomas como náuseas e vômitos - afirma Mandel.
E ainda alerta que mesmo com o diagnóstico, é importante ficar de olho na intensidade da dor de cabeça.
- O aneurisma pode estar presente desde o nascimento, e só vai apresentar sintomas quando romper. Entretanto o mais comum é o diagnóstico entre 30 e 50 anos de idade - explica o especialista.
É dor de cabeça ou aneurisma?
Uma pessoa pode apresentar um aneurisma e não ter sintomas, o que dificulta ainda mais o diagnóstico.
- Por isso, sempre orientamos os pacientes a procurar o médico assim que notar uma dor de cabeça muito forte e súbita - revela o neurocirurgião.
Tem tratamento?
Dependendo do aneurisma, pode ser feita uma cirurgia por meio de clipes metálico ou por via endovascular.
- A clipagem é modo mais comum de reparar um aneurisma, pois impede que o fluxo sanguíneo provoque o rompimento e uma hemorragia. Já a endovascular, é realizado por intermédio de cateteres que são introduzidos remotamente (à distância) no sistema vascular - disse o Mandel.