Um relacionamento amoroso que acabou, um desenho malfeito, um patrão que não as aprova ou simples arrependimento.
São muitas as razões pelas quais as pessoas procuram os dermatologistas especializados em remover tatuagens - embora, é preciso dizer logo de pronto, que esses desenhos na pele são realmente feitos para ficar, ou seja, ainda não existe tecnologia que garanta remoção total.
Mesmo que a solução escolhida seja cobrir a marca indesejada por outra tatuagem, o cover up (termo em inglês usado para descrever o procedimento) pode ser facilmente percebido, pelo menos por olhos treinados.
O tatuador Leco diz que as pessoas ficam surpresas quando ele rapidamente identifica uma tatuagem feita para cobrir outra.
- Nunca vai ser a mesma coisa - afirma, ao comparar um trabalho normal com um cover up.
Atualmente, a técnica de remoção por laser é o tratamento padrão para quem quer remover uma tatuagem. Basicamente, o laser explode o pigmento que foi inserido na camada intermediária da pele, a derme, deixando fragmentos que depois serão absorvidos pelo organismo.
Ainda que a dor seja de pequena intensidade, o tratamento é desconfortável e costuma ser longo, podendo levar meses ou até mais de um ano devido a fatores como cor, quantidade e profundidade da tinta, além do tamanho da tatuagem.
- São necessárias quatro semanas de intervalo entre as sessões - diz a dermatologista Tatiana Basso Biasi.
Segundo ela, a remoção geralmente deixa a pele mais clara na área tratada, e isso é mais visível em pessoas morenas. Após cada sessão, o médico receita uma pomada antibacteriana e faz curativo no local.
Tatiana conta que há diferentes tipos de equipamentos a laser disponíveis no mercado para o tratamento, e a vantagem dos mais avançados é que eles tendem a deixar menos sequelas na pele. Segundo estimativas, as chances do laser provocar cicatrizes permanentes é de 5%.