Uma paciente de 73 anos foi diagnosticada com morte cerebral em decorrência de um aneurisma no roto cerebral na última sexta no Hospital Universitário em Canoas. Seus familiares cederam os órgãos para doação. Foram retirados os rins, o fígado e as córneas da vítima. No mínimo, cinco pessoas foram beneficiadas com a doação desses órgãos. Foi a primeira vez que o procedimento foi realizado pelo hospital.
Segundo o médico Fernando Farias, cirurgião-geral e chefe do Departamento de Cirurgia Geral do HU, para que a captação de órgãos para doação possa ser realizada, é necessário que o hospital tenha uma infraestrutura adequada com equipe multidisciplinar atuant e, voltada a conscientização e aos processos assistenciais de excelência.
Farias também destaca a participação da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul.
- Essa Central realiza um trabalho de treinamento das equipes médicas e campanhas para sensibilizar a população da importância da doação de órgãos - explica.
A doação de órgãos ainda é pequena para a quantidade de pessoas que aguardam a realização de transplantes no Rio Grande do Sul, que tem mais de 1.500 pessoas na lista de espera, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Pela Lei nº 9.434/97, o cô ;njuge ou os parentes podem autorizar a doação de órgãos após o diagnóstico de morte cerebral constatado por dois médicos.