As vacinas contra a varicela e a DTP — que protege contra difteria, tétano e coqueluche — estão em falta no Rio Grande do Sul. Os imunizantes são considerados de rotina para a cobertura vacinal de crianças. No entanto, estão sendo substituídos para garantir a proteção desse público.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o motivo é a falta de envio de doses por parte do Ministério da Saúde. No caso do imunizante contra a varicela, a demanda do Estado é de 32 mil doses por mês. No entanto, a última remessa foi recebida, com 10 mil doses.
Em relação à vacina DTP, são utilizadas cerca de 33 mil doses mensais. De janeiro a junho, no entanto, 55 mil vacinas chegaram ao Estado. Não houve envios entre os meses de julho e novembro. Segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), a previsão é de que mais 50 mil doses cheguem em dezembro.
Em nota, o Ministério da Saúde (MS) garante que não há falta de vacinas no Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, até novembro foram enviadas mais de 153 mil doses do imunizante contra varicela e 50 mil da DTP. Com isso, conforme a pasta, cabe à SES a distribuição aos municípios.
Na segunda-feira (25), o MS informou que está em construção uma ferramenta para auxiliar na gestão de estoques e compras de vacinas, insumos e medicamentos. Segundo o secretário executivo da pasta, Swedenberger Barbosa, o instrumento ajudará na tomada de decisões com maior rapidez no âmbito da gestão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Substituição de vacinas em falta
Diante do cenário de falta de doses, a SES afirma que segue as orientações do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI). A vacina tetraviral é aplicada como substituta da varicela e o imunizante pentavalente como alternativa da DTP.
Segundo o coordenador da Residência Médica em Infectologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Fabrizio Motta, a substituição garante a proteção.