A enchente que atingiu o Rio Grande do Sul impactou diretamente diversos setores, e a saúde ainda contabiliza estragos e prejuízos. Com problemas envolvendo transporte, disponibilidade e situação dos hospitais, houve redução do número de transplantes. Os dados de cirurgias de rins caíram 40% entre abril e maio, e 36% na comparação entre maio do ano passado e maio deste ano.
Conforme dados da Central Estadual de Transplantes, a maior parte das ofertas de rins chega por meio da Central Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde. Ou seja, por vezes o órgão vem de outros Estados e a dificuldade do transporte prejudicou os procedimentos.
Com o aeroporto Salgado Filho fechado, equipes utilizam a Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana, e também o aeroporto de Caixas do Sul, na Serra. Além disso, durante a enchente, houve dificuldade no deslocamento de equipes e pacientes.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), no entanto, a baixa nos transparentes ocorre tanto de doadores gaúchos, quanto de outros Estados. Atualmente, 2.606 pessoas aguardam na fila de transplante no RS. Córnea e rim estão entre os órgãos que mais têm receptores ativos na lista de espera.
De janeiro a maio deste ano, foram realizados 284 transplantes. O dado do mês de junho ainda não foi disponibilizado pela Secretaria Estadual da Saúde. Em relação aos transplantes de córneas, a equipe estadual fez um esforço adicional para garantir que os procedimentos ocorressem e não houve diminuição no serviço de acordo com a pasta.