Aproximadamente 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil em 2023, redução de 85% em comparação a 2022, aponta o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024) divulgado nesta quarta-feira (24). Dados indicam que o Brasil avançou no combate à fome, mas cerca de 8,4 milhões de brasileiros ainda não têm acesso adequado à alimentação e sofrem com a insegurança alimentar no país.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como meta erradicar a fome do mundo até 2030. Anualmente agências ligadas à organização divulgam o Mapa da Fome, para estimar o número de pessoas em situação de desnutrição por falta de alimentos no mundo. No panorama global, os dados indicam que 733 milhões de pessoas passam fome atualmente.
O estudo aponta que no período entre 2021 e 2023, 31 milhões de brasileiros deixaram de passar fome, na comparação com a medição feita anteriormente, entre 2020 e 2022, quando 70,3 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar moderada ou severa no Brasil. A ONU classifica como insegurança alimentar dietas abaixo dos níveis de energia necessários ao organismo, ou seja, pessoas que não têm acesso e não consomem a quantidade adequada de alimentos diariamente.
A insegurança alimentar origina quadros de subnutrição, quando há fome de fato, situação em que 8,3 milhões de brasileiros encontram-se atualmente, o que representa 3,9% da população. O número reduziu em comparação com o triênio anterior, 2020 a 2022, quando 10,1 milhões de pessoas enfrentavam o quadro no país.
— Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição — expressou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social do governo.