A fabricação da CoronaVac, primeira vacina contra a covid-19 aplicada no Brasil, foi interrompida pelo Instituto Butantan. Segundo a instituição, a última produção acabou em outubro de 2021.
Não há previsão de retomada, muito menos novos pedidos por lotes do imunizante. O Butantan diz que não foi procurado para assinar novos contratos. Ligado ao governo paulista, o instituto entregou mais de 110 milhões de doses à Saúde.
A assessoria do Butantan disse ao portal Uol que a instituição tem "total capacidade de produção para atender a quaisquer demandas deste imunizante, à medida que sejam recebidas" e que não recebeu propostas do Ministério da Saúde para novas compras.
Com a chegada de outros imunizantes ao país, a primeira vacina fornecida aos brasileiros perdeu espaço na campanha nacional de vacinação.
Também em manifestação enviada ao Uol, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, argumentou que a falta de registro definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dificulta a compra das doses. A CoronaVac recebeu o aval emergencial da agência ainda em janeiro de 2021, mas nunca teve o registro definitivo. Com o fim da situação de emergência sanitária no país, só podem ser adquiridas as vacinas aprovadas definitivamente. Por isso, atualmente, o imunizante fabricado pelo Butantan só é utilizado em crianças e adolescentes.
As outras três vacinas aplicadas no país possuem registro definitivo pela Anvisa: Pfizer, AstraZeneca e Janssen.