A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou, no início da manhã desta sexta-feira (5), que sua pílula antiviral experimental contra a covid-19 reduz o risco de hospitalização e morte em quase 90%. As informações são da agência de notícias AP.
Atualmente, todos os tratamentos para a infecção por coronavírus usados nos Estados Unidos são administrados por via intravenosa ou injeção. O comprimido concorrente da Merck já está sob avaliação do FDA, que regula o setor de alimentos e medicamentos, e o Reino Unido foi o primeiro país do mundo a aprová-lo, nesta quinta-feira (4).
A Pfizer informou que encaminhará o pedido de avaliação ao FDA e a outros órgãos internacionais o mais rapidamente possível. A partir da data da solicitação, a resposta do FDA poderá ser dada em um período variável de semanas a meses.
O estudo envolveu 775 adultos não vacinados, com sintomas leves ou moderados de covid-19, considerados de alto risco devido a fatores como obesidade, diabetes ou doença cardíaca. O tratamento começou de três a cinco dias após o início dos sintomas e durou cinco dias.
O grupo de voluntários que ingeriu a nova pílula, combinada a outro antiviral, apresentou redução de 89% no índice de internação ou óbito comparado a quem tomou placebo. Menos de 1% dos pacientes testados com a medicação precisou ir para o hospital, e nenhum deles morreu. No grupo de placebo, 7% dos participantes foram internados e sete faleceram.
Cientistas de todo o mundo têm se empenhado na corrida para desenvolver um remédio que possa ser tomado em casa, com o objetivo de aliviar sintomas, acelerar a recuperação e reduzir o risco de internação, aliviando a pressão sobre o sistema e os profissionais de saúde.