A Polícia Civil, com apoio da Vigilância Sanitária, fechou nesta segunda-feira (26) uma farmácia clandestina que funcionava em uma residência no bairro Rio dos Sinos, em São Leopoldo. Um casal foi preso em flagrante.
Além do local inapropriado para venda e armazenamento dos produtos, bem como sem permissão, os dois detidos não possuem formação na área farmacêutica e vendiam remédios que integram o chamado kit covid-19, um coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.
A ação foi coordenada pelo delegado Joel Wagner, da Delegacia do Consumidor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Segundo ele, foram apreendidos pelo menos três kits já montados e dezenas de medicamentos como ivermectina, sulfato de hidroxicloroquina e azitromicina.
— Havia kits prontos, mas dezenas desses outros remédios com eficácia não comprovada contra o vírus, acredito que poderia chegar a cem kits se juntassem tudo em coquetéis — explica.
Os responsáveis vão ser autuados por crimes contra relações de consumo, mas Wagner vai autuá-los também por tráfico e associação ao tráfico de drogas devido a vários remédios encontrados no local exigirem prescrição médica por serem psicotrópicos, controlados ou entorpecentes. Havia também vários medicamentos sem procedência, já que em muitos casos não havia nota fiscal.
O homem de 41 anos e a mulher de 51 anos não tiveram os nomes divulgados. Tráfico de drogas tem pena de prisão de cinco a 15 anos, associação para o tráfico de três a 10 anos e crime contra as relações de consumo, com detenção prevista de dois a cinco anos.