Morreu nesta segunda-feira (8), no Hospital Getuinar D'Avila, em São Pedro do Sul, Carla Machado, empresária que lutava na Justiça para ter acesso a um medicamento para tratamento da doença, mas que foi considerada morta em sentença da 3ª Vara Federal de Santa Maria. A causa da morte foram metástases ósseas e pulmonar provocadas pelo câncer de pele que ela enfrentava. Carla foi enterrada nesta terça-feira (9) pela manhã em São Sepé.
O erro cometido pela Justiça chegou a ser corrigido em 28 de março, e o medicamento, concedido via judicial. O tratamento seria iniciado em 11 de abril, mas os remédios não chegaram a tempo.
Constava na sentença do caso que, "diante da notícia do falecimento da autora, deve ser extinto o feito". Conforme a Justiça Federal no Rio Grande do Sul, houve um erro na publicação, pois a informação foi fotocopiada equivocadamente de outro processo. Uma nova versão do processo, já corrigida, foi publicada no mesmo dia, assegura a Justiça Federal.
Carla recorreu à Justiça porque cada dose do medicamento de que precisava custa R$ 17 mil, e eram necessárias ao menos três aplicações. Com a negativa na primeira instância, a família recorreu, mas novamente não teve sucesso.
De acordo com informações do G1, na primeira negativa da Justiça, a decisão dizia que "o benefício pretendido é discutível, não restando justificada sua indicação e a utilização de vultuosos recursos públicos, retirados da coletividade, para benefício de um só paciente."