Faltando um dia para o fim da campanha no país, 298 dos 497 municípios gaúchos ainda não atingiram a meta de vacinação contra poliomielite e sarampo no Rio Grande do Sul. O município com o pior índice de cobertura é Chuí, na fronteira do Brasil com o Uruguai. Das 331 pessoas que deveriam receber as doses, apenas 121 procuraram os postos de saúde. Cerro Grande do Sul, Dom Feliciano e Capão do Leão não chegaram na metade do previsto.
Já a cidade que mais vacinou é Bom Progresso, no Noroeste, que atingiu 151% de cobertura tanto para sarampo quanto para poliomielite.
Em Porto Alegre, a campanha de vacinação foi prorrogada por 15 dias na Capital. A confirmação foi feita pelo secretário Municipal da Saúde, Erno Harzhein, após reunião no Ministério da Saúde, em Brasília. A Capital não vai realizar o Dia D neste sábado, mas foi marcada para o dia 15 de setembro.
Os dados da Secretaria Estadual da Saúde indicam que nenhuma das maiores cidades do RS - Porto Alegre, Caxias, Pelotas, Canoas e Santa Maria - chegou próximo da meta do Ministério da Saúde, que é vacinar 95% do público-alvo.
Conforme o governo gaúcho, ao menos 150 mil crianças ainda precisam ser vacinadas. Atualmente, na contabilização de todos os municípios, o Estado atingiu 71% da meta prevista.
Para tentar melhorar os números, a Secretaria da Saúde está orientando as 357 prefeituras para abrirem os postos no próximo sábado.
A campanha de vacinação contra sarampo e pólio começou em 6 de agosto.
A vacina da pólio está disponível durante o ano todo nos postos e é indicada para crianças menores de um ano de idade em três doses: a primeira aos dois meses, seguidas de outras duas, aos quatro e aos seis meses, todas elas injetáveis. A proteção é completada com dois reforços da vacina oral, aos 15 meses e aos quatro anos.
Em relação ao sarampo, a proteção ocorre por meio da vacina tríplice viral, indicada no calendário básico quando a criança completa um ano. Aos 15 meses, ela é complementada com a vacina tetraviral, que protege contra as mesmas três da tríplice viral, acrescida da catapora. O sarampo não era registrado no país desde 2015. Contudo, somente neste ano, são 23 casos confirmados no Rio Grande do Sul.