O município de São José do Norte, no sul do Estado, sofre com a falta da lancha apropriada para o transporte de passageiros que precisam de atendimento médico em Rio Grande. As “ambulanchas” – apelido dado às embarcações que funcionam como ambulâncias – estão paradas há duas semanas, o que prejudicou o deslocamento dos pacientes pela Lagoa dos Patos
De acordo com a prefeitura de São José do Norte, uma das lanchas está estragada há cinco anos e a outra teve problema no motor no mês passado, mas já está recebendo reparos. A expectativa é de que ela volte a funcionar até o fim da semana.
Enquanto isso, a Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul (CPRS) têm apoiado a transferência de pacientes em estado grave que necessitam de remoção do hospital de São José do Norte para as unidades de atendimento de Rio Grande e região. O serviço de auxílio, que vem ocorrendo desde o dia 24 de janeiro, possibilitou 16 transportes de pacientes graves, inclusive no período noturno.
Os casos são de gestantes em trabalho de parto e também de pacientes com infarto, que não encontram atendimento especializado no hospital de São José do Norte. Em anos anteriores, a prefeitura chegou a locar barcos para realizar o transporte, mas o aluguel custava R$ 1,5 mil por dia e as embarcações não possuíam a estrutura das lanchas da Marinha.
A equipe da Capitania atraca na hidroviária de São José do Norte e transporta os pacientes até o cais da cidade de Rio Grande, onde existem melhores condições de assistência hospitalar.
Para o Capitão dos Portos do Rio Grande do Sul, Capitão de Mar e Guerra, Luis Fernando Kraemer Bulsing, o apoio que a Marinha do Brasil presta à comunidade é importantíssimo.
- A CPRS está empenhada em contribuir para que a comunidade receba o melhor atendimento médico disponível na nossa região - comentou.